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Alerj autoriza pagamento de supersalários a secretários estaduais

Por Equipe Marcelo Freixo

Enquanto milhares de servidores estão com os salários atrasados e enfrentando severas dificuldades para sobreviver, os deputados governistas na Assembleia Legislativa (Alerj) derrubaram o corte na remuneração do governador Luiz Fernando Pezão e mantiveram os supersalários de secretários.

A proposta de redução de 30% dos vencimentos do governador, do vice, de secretários e subsecretário fora feita pelo próprio Pezão em 2016, quando ele mandou para a Alerj o projeto de lei que aumentou a contribuição previdenciária dos servidores públicos de 11% para 14%. A Alerj autorizou o corte, mas, em dezembro do ano passado, Pezão voltou atrás e vetou a redução
de sua remuneração. Ela passaria dos atuais R$ 21.868,14 para R$ 15.307,69.

Nesta quarta-feira (30), os 70 deputados da Alerj se reuniram em sessão extraordinária para decidir se manteriam o veto do governador ou se autorizariam o corte nos salários. A maioria dos governistas mantiveram a decisão de Pezão.

Apesar de terem derrubado todo o texto do projeto, os parlamentares da base aliada preservaram os artigos que liberam gastos com aluguel de jatinhos e pagamentos de salários acima do teto constitucional a secretários. São funcionários cedidos de outros órgãos, como a Petrobras, no caso do secretário de Educação Wagner Victer, que acumulam os vencimentos pagos pelo governo e outras instituições.

Além de criticar a decisão dos deputados, Freixo lembrou que enquanto servidores estão sem receber, o governo pagou juros pelo atraso no desembolso do salário de Victer. "O repasse foi atrasado. Sabe quanto pagou de juros por isso? Quatro mil reais. Vocês vão pagar juros aos servidores que estão com os salários atrasados? É um absurdo. Vetaram ainda o artigo décimo, que proibia a locação de jatinhos enquanto durasse o estado de calamidade financeira. os deputados aprovaram supersalários e mordomias aéreas", afirmou.

Estes são os parlamentares que derrubaram o corte no salário do governador e autorizaram o pagamento de remunerações acima do que permite a Constituição:

André Ceciliano (PT)
André Corrêa (DEM)
Aramis Brito (PHS)
Chico Machado (PDT)
Coronel Jairo (PMDB)
Danielle Guerreiro (PMDB)
Dica (PTN)
Dionísio Lins (PP)
Dr. Deodalto (DEM)
Dr. Gotardo (PSL)
Edeson Albertassi (PMDB)
Geraldo Pudim (PMDB)
Gil Viana (PSB)
Iranildo Campos (PSD)
Janio Mendes (PDT)
João Peixoto (PSDC)
Luiz Martins (PDT)
Marcos Muller (PHS)
Marcos Vinicius (PTB)
Milton Rangel (DEM)
Paulo Melo (PMDB)
Pedro Augusto (PMDB)
Rafael Picciani (PMDB)
Rosenverg Reis (PMDB)
Zé Luiz Anchite (PP)
Zito (PP)